Beauty Lessons #1 Learnt from My Dermatologist



Enquanto pensava num tema nesses dias para abordar aqui no blog, lembrei da querida Catarina do Joan of July e de uma rubrica que ela tem no blog dela, bem semelhante a esta, porém não fala de beleza de sim de aprendizagem.
Por isso, decidi então investir numa rubrica semanal, além da The Friday Five, que será sempre às segundas-feiras, mas excepcionalmente hoje trouxe a #1 para estrear. 

A ideia é começarmos a rever os nossos conceitos e cuidados de beleza (mãos ao alto!) principalmente quando não temos muita noção daquilo que a nossa pele precisa. E não sendo eu nenhuma expert no assunto, isso funcionará um pouco em caráter de partilha / experiência / aprendizagem com outras pessoas.

Isso é um pouco engraçado porque normalmente vejo as beauty gurus a falar que aprenderam a usar um tónico vendo a mãe usar, ou começaram desde de muito cedo a gostar de cuidar da pele com o exemplo de alguém bem próximo, o que não foi o meu caso. 

Os meus cuidados começaram aos vinte e cinco anos, quando cheguei aqui. Com uma pele extremamente massacrada, decidi começar a cuidar de mim para evitar problemas futuros e para cuidar dos estragos de uma vida. 

Mas, foi com trinta e dois anos que arranquei definitivamente com uma rotina de cuidados de pele consistente e neste primeiro ano completos hoje, sei que foi a melhor decisão da minha vida. 

Dos cuidados prévios:

Como tenho pele sensível, oleosa e com tendência à acne, iniciei os cuidados com um ácido, pois este ambiente alcalino preparou a minha pele para o peeling e correu com a acne hormonal que vez por outra ainda me ataca. Era preciso ver até onde a minha pele aguentava e os resultados que este produto conseguiria um mês antes do procedimento.
Os resultados foram imediatos, pele alisada, poros mais fechados, pele mais luminosa e em duas semanas nada de acne causada pela variação hormonal. E da parte menos boa, inicialmente uma pele irritada, seca e sensibilizada.

Depois do peeling:

Muita gente já chegou a dizer-me que foi um erro ter feito um peeling à laser, mas devido as cicatrizes que acne deixou, creio que não. Se o assunto fosse só manchas, era uma coisa. Mas, tirar uma cicatriz não é fácil e mesmo com o procedimento agressivo que fiz, ainda não me vi completamente livre delas, embora tenha uma pele 1000 vezes melhor do que a que tinha. 

Os cuidados com a pele mantiveram-se simples desde o início, sérum de vitamina C (para estimular a produção de colagénio, clarear as manchas depois do peeling e renovar a pele), hidroquinona em gel (para acelerar o processo de exfoliação da pele de modo a que a pele morta não fique sobre a pele a marinar causando mais acne) e óleo de rosa mosqueta biológico ( um sérum em óleo para a noite, que é cicatrizante e renovador da pele, além de um excelente hidratante para peles sensíveis ou sensibilizadas por procedimentos agressivos como este), além do protetor solar 50+ e nunca menos que isso.

Como é óbvio, nunca saí de casa com óleo no rosto durante o dia porque iria queimar e nunca usei protetor solar como cuidado noturno. 

Para curar a pele queimada eu só usava soro fisiológico e Meocil, uma pomada oftalmológica que impedia o ressecamento da pele e evitava mais uma cicatriz. Fica a dica! 

Do que aprendi com o meu Dermatologista:

Tudo! Ele manteve sempre a minha moral lá em cima e dizia-me sempre que uma mancha não poderia ficar para sempre na minha pele, isso quando eu reclamava que não estava a ver resultados (imediatos), of course!

Aprendi que limpar a pele de forma regular e adequada é o primeiro passo para uma pele de sucesso. Pois se isso não for feito da forma devida, tudo o que colocar depois sobre o rosto não vai resultar, não será absorvido adequadamente e ainda poderá causar algumas irritações. Por isso, desmaquilhar, limpar, esfoliar e tonificar são indispensáveis.

A segunda lição foi que, devemos "ouvir" a nossa pele, pois ela comunica conosco através do seu aspecto. Uma pele oleosa é muito mais sensível do que se imagina, uma pele seca precisa de óleo natural e não de água e uma pele desidratada precisa de água e não de óleo. Além do mais, tendo eu 1,60 cm de altura, tenho isso tudo de pele para cuidar e nunca posso dizer que o tipo de pele que tenho no rosto é igual como um todo, nem no resto do corpo. Posso ter partes atópicas, secas, extremamente secas e por aí vai, por isso, não devo tomar como certa a condição da minha pele do rosto, pois posso ter partes no rosto secas e outras oleosas e há que tratá-las de forma apropriada.

Descobri que o sérum é um dos meus melhores amigos e as máscaras de tratamento também. Digo isso porque sei que muita gente ainda não entende o porquê do sérum. Se pensar em comida, é o mesmo que um menu de refeições, e os séruns são os nutrientes destas refeições. Há dias que sentimos vontade de comer carne e acabamos por dar proteína ao nosso corpo, sentindo no fim que estamos mais satisfeitos e temos mais força. E há dias que a nossa pele precisa de ser purificada, porque apareceu-nos umas borbulhas, estamos com umas olheiras de cansaço, temos a pele baça, então tratamos com a máscara e sérum específico para este fim, sem esquecer de cobrir a pele com hidratante ou máscara noturna, óleo/sérum e no outro dia temos mesmo outro ar. 

Aprendi a ter paciência! Que tratar uma pele e ver resultados leva tempo, e é preciso experimentar e ser consistente para conseguir ver as mudanças. Eu não posso comprar um creme de olhos ou de lábios, para tratar ter pés de galinha vincados ou lábios em código de barras e continuar a fumar. É um contra-senso e neste caso é preciso repensar a atitude e não o creme. Aprendi a ler rótulos e a usar produtos com bons ingredientes, que não necessariamente precisam ser caros.

E por fim, aprendi a gostar de usar protetor solar e morrer de aflição se sentir que posso ficar sem isso. É quase o SOS sobrevivência da minha pele do rosto, que agora completa 1 ano e tem menos uns milímetros de espessura, se comparada com o resto do corpo. Sabe, e graças a isso, aprendi a amar a minha pele, pois cuido dela com tanto afinco que não posso ver apenas o que existe de mal, mas sim o que de bom eu consigo enxergar, inclusive a confiança que ela devolveu-me depois de trinta e dois anos de vida. 

Com carinho,

Clênia Daniel.

Créditos da foto: Brides.com encontrado no Pinterest.

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